O decreto
3.349, assinado pelo Presidente da República Campos Salles, concedeu
a autorização para que a empresa inglesa The São
Paulo Railway, Light and Power Company Limited funcionasse no Brasil.
O engenheiro H.L.Cooper verificou que a 33 quilômetros da capital, em Parnaíba,
havia na Cachoeira do Inferno uma queda d'água de 12 metros que permitiria
a construção de uma usina hidroelétrica. Em 1901, entrava
em operação a Usina de Parnaíba, que utilizou para sua
construção 750 operários e 70 carroças movidas
por 100 burros e 400 bois. Nascia, assim, a primeira usina hidroelétrica
da Light no Brasil e a maior brasileira até então. Em
1912, para manter o suprimento de energia, sua capacidade foi ampliada. Nesse
mesmo ano, começava a funcionar uma usina termoelétrica a vapor
na rua Paula Souza, em São Paulo.
Em razão do grande consumo de água exigido pelas turbinas da
Usina de Parnaíba, a Light precisava regularizar a vazão
do rio Tietê. A solução encontrada foi a implantação
de uma represa num dos afluentes do Pinheiros, o rio Guarapiranga, conhecido
como Embu-Guaçu, e assim foi construído, em 1906, o reservatório
Guarapiranga. Entre
os anos de 1924 e 1925, uma forte estiagem reduziu a capacidade de vazão
dos rios. São Paulo era palco de um rápido crescimento industrial
e, conseqüentemente, da demanda de eletricidade. A situação
vivida em 1924 provocou a redução de aproximadamente 30% do
fornecimento de energia elétrica. Ainda nesse ano foram instaladas
mais duas unidades na Usina Paula Souza, elevando sua capacidade. Outra alternativa
foi a construção da Usina Hidroelétrica de Rasgão,
entre Pirapora e Cabreúva, que entrou em operação em
1925.